União dos povos do mundo contra o governo genocida de Israel

Neofascismo e Israel: colonialismo, militarização e a nova extrema-direita

O neofascismo contemporâneo, definido por estudiosos como uma adaptação do fascismo histórico às democracias liberais1, combina ultranacionalismo, autoritarismo e supremacia étnica com roupagens institucionais2. Em Israel, essa ideologia manifesta-se através de políticas coloniais, militarização extrema e alianças com grupos supremacistas como Otzma Yehudit3, Lehava4 e Hilltop Youth5, cujas práticas segregacionistas violam sistematicamente direitos humanos palestinos6. Tecnologias de vigilância baseadas em inteligência artificial, como os sistemas Lavender e Gospel, são utilizadas para controle populacional e seleção de alvos étnicos em Gaza7, enquanto organismos internacionais como a ONU e a Corte Penal Internacional denunciam o regime israelense como apartheid8 e acusam-no de genocídio9.

Esta análise expõe as interseções perigosas entre o projeto colonial israelense e as redes neofascistas globais10.

Origens do neofascismo e sua expansão

O neofascismo emergiu como resposta à crise estrutural do capitalismo em sua fase imperialista11, marcado por desigualdades sociais agravadas após a recessão de 200812. Segundo análises históricas, movimentos como a Nova Ordem Europeia (1951) reorganizaram ideais fascistas sob retóricas antiglobalização e xenofobia13, adaptando-se a contextos democráticos através de partidos como a Frente Nacional francesa14. A ascensão de figuras como Trump15, Modi16 e Netanyahu17 exemplifica essa tendência, onde discursos de “segurança nacional” justificam a expansão de aparatos repressivos e a erosão de direitos civis18. Como observou o psicólogo David Pavón-Cuéllar19, o liberalismo instrumentaliza o neofascismo para eliminar barreiras ao capital, promovendo hierarquias raciais e a militarização da vida social20.

Israel e a militarização da política

As Forças de Defesa de Israel (IDF) não são meramente uma instituição militar, mas o eixo de um sistema político que naturaliza a violência colonial21. O serviço militar obrigatório — aplicado a judeus, drusos, cristãos e árabes israelenses — funciona como um rito de passagem para a cidadania plena e um mecanismo de ascensão social22. Dados revelam que 80% dos cargos de liderança na política, indústria bélica (como a Elbit Systems) e setor tecnológico são ocupados por ex-militares23, criando uma oligarquia beneficiada diretamente pela ocupação palestina24. Benny Gantz (ex-chefe do Estado-Maior) e Yossi Vardi (investidor em tecnologias de vigilância) exemplificam essa elite cujas fortunas foram construídas sobre operações como “Chumbo Fundido” (2008-2009), responsável por mais de 1.400 mortes palestinas25.

A militarização molda até a geografia urbana: colônias como Ma’ale Adumim são geridas por conselhos municipais chefiados por ex-comandantes das IDF, que replicam táticas de segregação26. No Brasil, esse modelo influencia operações policiais em favelas27. Após treinamentos com instrutores israelenses, o massacre do Jacarezinho (2021) empregou drones e reconhecimento facial28, tratando comunidades pobres como “zonas hostis” análogas aos territórios palestinos29.

Inteligência artificial e viés étnico: a automação do racismo

Os sistemas de IA israelenses codificam discriminações estruturais30. Durante a ofensiva em Gaza (2023-2025), o algoritmo Lavender, desenvolvido pelo IDF, marcou 37.000 palestinos como “alvos legítimos” com base em padrões comportamentais vagos, como movimentos noturnos ou parentesco com membros do Hamas31. Investigação do The Guardian demonstrou que o sistema utiliza dados biométricos coletados em checkpoints — onde palestinos são escaneados sem consentimento — cruzados com registros de redes sociais para gerar perfis étnicos que associam traços árabes a “comportamentos suspeitos”32.

Em Rafah, um ataque aéreo baseado em alertas do Gospel matou 112 civis após o sistema identificar erroneamente um complexo residencial como “esconderijo de armas”33. A Corte Internacional de Justiça incluiu esses casos em sua investigação sobre violações do Direito Humanitário34, destacando como a tecnologia desumaniza grupos étnicos específicos35.

Sionismo, racismo e eugenia: a engenharia demográfica

Eugenia e controle populacional

Entre 2008 e 2013, o Ministério da Saúde israelense administrou contraceptivos forçados em mulheres judias etíopes, reduzindo sua taxa de natalidade em 50%36. Relatórios do Haaretz confirmam que essas práticas visavam preservar a “pureza demográfica” sionista, excluindo grupos não brancos37.

Segregação sistêmica

Beduínos do Negev são confinados em “vilas de reconcentração”38, enquanto judeus mizrahim (de origem árabe) enfrentam barreiras no acesso à educação e emprego39. A Anistia Internacional denuncia que tais políticas configuram apartheid, violando convenções internacionais sobre discriminação racial40.

Alianças transnacionais com a extrema-direita

Grupos como Otzma Yehudit (herdeiro do Kach, banido por terrorismo) mantêm laços com a União Britânica de Fascistas e o filósofo russo Alexander Dugin, ideólogo do expansionismo eurasiático41. Em 2024, o deputado Zvika Fogel discursou no Fórum Nacionalista de Budapeste de Viktor Orbán, defendendo uma “frente antiglobalista” contra muçulmanos e imigrantes42. No Brasil, milícias digitais como o Movimento Conservador Brasileiro (MCB) recebem financiamento de think tanks israelenses para promover narrativas pró-ocupação, adaptando táticas de repressão colonial às periferias43.

Relações internacionais: o Eixo do Autoritarismo

O apoio ocidental a Israel sustenta-se em três pilares:

  1. Interesses Militares: Os EUA destinam US$ 3,8 bilhões/ano em ajuda militar44, enquanto 47% da tecnologia dos caças F-35 israelenses são produzidas pela Lockheed Martin45. A União Europeia compra 62% dos drones da Elbit, usados para vigilância de migrantes46.
  2. Lobbies Transnacionais: A rede Christians United for Israel (CUFI) mobiliza 10 milhões de evangélicos nos EUA para pressionar congressistas47. Em 2024, patrocinaram leis que criminalizam críticas a Israel como “antissemitismo” em 15 estados48.
  3. Acordos Estratégicos: O Acordo sobre Serviços Aéreos (ASA) entre Brasil e Israel, assinado por Bolsonaro em 2019, facilita operações de empresas como a Arkia Airlines — envolvida no transporte de produtos de assentamentos ilegais49.

A dependência tecnológica do Brasil é sintomática: a Elbit uma grande parte dos sistemas de monitoramento de fronteiras (SISFRON)50. Em 2025, a suspensão de um contrato de R$ 1 bilhão com a empresa enfrentou resistência do Exército, que alegou “vulnerabilidade operacional”51.

Resistência global: da denúncia à ação direta

A crescente mobilização contra a ocupação israelense tem se manifestado em múltiplas frentes, transformando denúncias em ações concretas que ecoam globalmente. Em 2024-2025, uma verdadeira Primavera da Solidariedade Palestina tomou forma:

Protestos sem precedentes

A Marcha Global por Gaza, em junho de 2025, reuniu 10 mil pessoas de 80 países no Cairo52. Em Londres, 500 mil pessoas cercaram o Parlamento britânico exigindo sanções53.

Nas universidades, o movimento Apartheid Divest levou Harvard e Columbia a desinvestirem $2.1 bilhões em empresas vinculadas à ocupação54 e o sistema da Universidade da Califórnia a cortar laços acadêmicos com instituições israelenses55

Ações diretas inovadoras

A Flotilha da Liberdade, organizada pela Freedom Flotilla Coalition (FFC), tem feito uma série de ações para romper o bloqueio israelense à Faixa de Gaza e entregar ajuda humanitária essencial56 57. Em junho de 2025, o navio Madleen, que transportava suprimentos e ativistas, foi interceptado e apreendido por forças israelenses em águas internacionais. Essa ação resultou na detenção e deportação de todos a bordo58 59 60. Essa interceptação em águas internacionais foi amplamente denunciada como um ato de pirataria de estado e uma clara violação do direito internacional por diversas organizações e governos 61 62 63. Além disso, em maio de 2025, outra embarcação da FFC, a Conscience, foi alvo de ataques de drones também em águas internacionais, próximo a Malta. Os ataques provocaram um incêndio e danos significativos ao casco do navio, forçando o abandono da missão56 64. Durante a interceptação da Madleen, houve relatos de drones pulverizando uma substância branca sobre o navio e interferindo nas comunicações, adicionando outra camada de preocupação às táticas empregadas63 65.

Uma série de bloqueios portuários tem sido feitos por todo o mundo. Trabalhadores portuários na África do Sul e Turquia impediram descarregamento de carga israelense por 3 meses66, além de vários sindicatos europeus que paralisaram 47 portos em dia de ação coordenada67.

Avanços jurídicos históricos

O Procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI), Karim Khan, solicitou mandados de prisão para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Defesa, Yoav Gallant, em 20 de maio de 2024 68 [^CNNBRASIL]. As acusações incluem crimes contra a humanidade, como extermínio, e crimes de guerra, como o uso da fome como método de guerra 68 69.

A África do Sul liderou coalizão de 37 países para apresentar denúncia genocídio por parte do Estado de Israel na Corte Internacional de Justiça70. A ordem provisória exigiu cessar-fogo imediato em Gaza71

Resistência judaica organizada

O Jewish Voice for Peace (JVP) organizou protestos no Capitólio dos EUA. Em julho de 2024, ativistas, incluindo membros do JVP, realizaram uma ocupação de um edifício de escritórios do Capitólio, resultando em aproximadamente 200 prisões confirmadas pela polícia 72 73. Milhares de pessoas participaram dos protestos naquele mês, com “centenas de judeus americanos presos em desobediência civil” 74. Sua campanha #NotInOurName 75 atingiu 200 milhões de visualizações76.

Outro grupo significativo é o IfNotNow, uma organização de jovens judeus americanos que se opõe à ocupação israelense da Palestina e busca acabar com o apoio judaico americano a ela. Eles também têm sido ativos em manifestações e campanhas por um cessar-fogo e pela proteção dos palestinos em Gaza 77 78.

Tribunais populares

O Tribunal Russell sobre a Palestina realizou sessões significativas para investigar crimes de Israel na Palestina, como a sessão de Nova York em outubro de 2012, que contou com a participação proeminente de Angela Davis, Noam Chomsky e Alice Walker, promovida por uma coalizão de cidadãos 79 80. Este tribunal é uma iniciativa que dá continuidade aos tribunais Russell originais 81, e suas investigações abordaram alegações de crimes de guerra, apartheid e incitação ao genocídio. Os resultados do tribunal concluíram que Israel está praticando o apartheid, cometendo perseguição contra o povo palestino e violando o direito internacional referente ao bloqueio de Gaza, com a cumplicidade de terceiros estados 82.

“Não estamos mais pedindo justiça, estamos construindo-a nas ruas e nos tribunais”
— Mohammed El-Kurd, poeta palestino83

Desmontando a máquina neofascista

A fusão entre neofascismo e colonialismo israelense revela um projeto de dominação sustentado por tecnologia militar, supremacia étnica e alianças reacionárias84. Combater essa máquina exige:

  1. Desinvestimento em empresas como a Elbit Systems e a Lockheed Martin, cujas tecnologias alimentam ocupações e apartheid[^BDS_MOVEMENT].
  2. Pressão Jurídica para implementar decisões da Corte Penal Internacional e processar crimes de guerra85.
  3. Solidariedade transnacional, amplificando vozes dissidentes como as do movimento Refuse e da Articulação Judaica de Esquerda86.

Como afirmou o historiador israelense Ilan Pappé87, “o sionismo não é judaísmo: é um colonialismo de assentamento que deve ser derrotado pela união dos oprimidos”. A resistência anticolonial não é uma opção — é um imperativo ético para a humanidade88.

Em um artigo posterior pretendemos abordar as alternativas para acabar com o estado de terror imposto por Israel ao médio oriente e o direito de retorno dos refugiados.


Referências

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  2. GRIFFIN, Roger. The Nature of Fascism. Londres: Routledge, 1993. ISBN 978-0-415-09661-4. ↩︎
  3. RABINOVICH, Itamar. Yitzhak Rabin: Soldier, Leader, Statesman. New Haven: Yale University Press, 2017. ISBN 978-0-300-21229-1. ↩︎
  4. PEDAHZUR, Ami. The Triumph of Israel’s Radical Right. Oxford: Oxford University Press, 2012. ISBN: 9780199744701. ↩︎
  5. SPRINZAK, Ehud. Brother Against Brother: Violence and Extremism in Israeli Politics. Nova York: The Free Press, 1999. ISBN 978-0-684-85344-2. ↩︎
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  9. UNITED NATIONS. Report of the Independent International Commission of Inquiry on the Occupied Palestinian Territory. Genebra, 2022. ↩︎
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  11. LENIN, Vladimir. Imperialismo, fase superior do capitalismo. MIA. ↩︎
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3 pensamentos sobre “Neofascismo e Israel: colonialismo, militarização e a nova extrema-direita

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