Qual a velocidade do pensamento?

Isaac Asimov*

Depende do que se entenda por “pensamento”.

Poder-se-ia ter em mente a imaginação. Posso imaginar-me estando nesse exato m omento aqui na Terra e um segundo mais tarde imaginar que estou em Marte ou em Alfa Centauro ou perto de algum distante quasar. Se é isso o que se entende por “pensamento” então pode-se sustentar que o pensamento pode assumir qualquer velocidade, inclusive a infinita.

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Pesquisadores criticam ensino ‘decoreba’ de ciências nas escolas do país

Academia brasileira, que completa 100 anos, sugere substituir memorização pelo raciocínio

Renato Grandelle

Poucas coisas apavoram tanto um adolescente quanto assistir ao professor desenhando uma fórmula científica num quadro negro. É um ensino difícil, tedioso e ultrapassado. Essas ideias são de um grupo de trabalho da Academia Brasileira de Ciências (ABC), que, durante as comemorações de seu centenário, revelou ao GLOBO como começou a avaliar maneiras para tornar as aulas mais atrativas, substituindo a memorização pelo raciocínio. A equipe, capitaneada pelo físico Luiz Davidovich, aponta problemas na formação do corpo docente atual e critica a falta de investimentos na educação infantil. Suas propostas para a criação de um novo método de estudos devem ser concluídas no segundo semestre.

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ABCérebro: uma TV para aprender neurociência

No ar desde 2013, o ABCérebro é um programa de TV para divulgação de conhecimento científico sobre o cérebro humano criado pelo Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) Instituto de Pesquisa sobre Neurociências e Neurotecnologia (Brainn na sigla em inglês) e pelo programa Cooperação Interinstitucional de Apoio à Pesquisa sobre Cérebro (CInAPCe) ‒ os caras são criativos pra siglas ‒ sob coordenação do Dr. Li Li Min, professor do Departamento de Neurologia da Universidade Estadual de Campinas.

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A iniciação científica na educação básica


Maria Francilene Câmara Santiago
Ivanaldo Santos
Simone Cabral Marinho dos Santos

Ao tentar elaborar respostas e soluções às dúvidas e problemas que levem a compreensão de si e do mundo, a ciência não se resume ao controle prático do homem sobre a natureza. Fazer do mundo uma provocação é tornar a prática científica inerente ao cotidiano, uma vez que oportuniza a observação, o questionamento e a compreensão da realidade social. E integrá- -la ao cotidiano da escola é, antes de tudo, transformar o conhecimento em algo não reprodutivo, mas criativo, bem como melhorar as condições de permanente aprendizagem, estimulando a aplicação prática de reflexões teóricas por meio de intervenções efetivas na sala de aula. Para tanto, a curiosidade natural e a criatividade do(a) aluno(a) devem ser estimuladas. É importante que este compreenda os fenômenos que ocorrem ao seu redor, possibilitando assim a produção de novos conhecimentos sob condições de permanente aprendizagem.

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Pseudojornalismo e pseudociência na Internet

O sensacionalismo é a forma tendenciosa de apresentar um assunto para aumentar a audiência. É a linha editorial dos tabloides e de vários programas com temática policial. O exagero como recurso retórico não é inválido. Títulos ou imagens são recursos importantes para chamar a atenção do leitor em um mundo infestado de informação ruim. O problema é quando induz ao erro ou inventa fatos.

No artigo a seguir, Marcel R. Goto discorre sobre a prática cada vez mais comum do sensacionalismo científico, analisando alguns dos sites mais populares de divulgação científica em língua portuguesa.

Eu incluiria nessa lista o History Channel, que foi apenas citado. O site do canal (Seu History) é um poço de pseudociência que beira o absurdo.

Marcel é psicólogo e jornalista, com trabalhos em várias publicações de peso, como Estadão, Rolling Stone e Superinteressante, além de diversas publicações relacionadas a quadrinhos, desenhos japoneses e videogames, como Herói, Anime-Do e EGM. A dica para o texto foi do Alexandre Linares, do Ativando Neurônios.

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Carl Sagan: crianças já nascem cientistas

Carl Sagan criança

“Toda criança começa
como um cientista nato.

Nós é que tiramos isso delas.

Só umas poucas
passam pelo sistema
com sua admiração
e entusiasmo pela ciência intactos.”

Carl Sagan

Fonte: Entrevista para a revista Psychology Today (1º de janeiro de 1996)
Tradução: Maurício Sauerbronn de Moura

O surto de Ebola e a necessidade urgente de jornalistas científicos

Diante da gigantesca onda de desinformação que varre o mundo sobre o atual surto do vírus Ebola, a World Federation of Science Journalists (Federação Mundial de Jornalistas Científicos), junto com várias entidades africanas, publicou um comunicado em que chama a atenção para a extrema necessidade de informar claramente à população e aos governantes para evitar más interpretações e pânico, destacando o importante papel de jornalistas especializados com conhecimento científico.

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Afinal, o que há de tão especial no cérebro humano?

SuzanaQuantos neurônios tem um cérebro? Os maiores cérebros são melhores que os menores? Do que é feito o cérebro?

Suzana Herculano-Houzel é uma neurocientista brasileira que se propôs a responder essas questões. Um dia, disseram a Suzana que o cérebro tinha cerca de 100 milhões de neurônios. Ao buscar a fonte de tal número, não foi capaz de achar. Será que ninguém se deu ao trabalho de contar os neurônios do cérebro antes? Ora, ela resolveu contá-los ela mesma.

Suzana é formada em biologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com mestrado em neurociências pela Case Western Reserve University, doutorado pela Université Pierre et Marie Curie e pós-doutorado pela Max Planck Institut Für Hirnforschung. Ganhou certa notoriedade com a divulgação científica, sendo colunista de grandes meios de comunicação.

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Interatividade da Internet mudou a forma de comunicar a ciência

Por Elton Alisson, de Salvador

As novas plataformas de web 2.0 – como é denominado o uso interativo da internet –, tais como blogs e redes sociais, têm transformado o modo de comunicar a ciência e aumentado a difusão de conteúdo científico em diversos países, incluindo o Brasil.

A avaliação foi feita por especialistas participantes de um painel sobre o uso de mídias sociais na comunicação da ciência durante a 13th International Public Communication of Science and Technology (PCST), realizada entre 5 e 8 de maio em Salvador, na Bahia.

Com o tema central “Divulgação da ciência para a inclusão social e o engajamento político”, o encontro ocorreu pela primeira vez na América Latina e reuniu pesquisadores de mais de 50 países para debater práticas e estratégias de comunicação e divulgação científica adotadas em diferentes partes do globo.

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