Máfias da soberania: como a extrema direita global opera como crime organizado

Maurício Moura

A ascensão global de movimentos de extrema direita reconfigurou práticas políticas tradicionais, incorporando métodos historicamente associados ao crime organizado. Este fenômeno manifesta-se através de uma hibridização perigosa entre estruturas estatais e mecanismos ilícitos, onde lealdades pessoais suplantam compromissos institucionais (RODRIGUES, 2017). A investigação aqui proposta parte de uma premissa crítica: grupos como a aliança Trump-Bolsonaro operam segundo uma lógica que transcende o autoritarismo convencional, apropriando-se de estratégias típicas de organizações mafiosas, como extorsão sistêmica, evasão financeira transnacional e instrumentalização de crises (G1, 2024; SPITZECK, 2019).

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União dos povos do mundo contra o governo genocida de Israel

Neofascismo e Israel: colonialismo, militarização e a nova extrema-direita

O neofascismo contemporâneo, definido por estudiosos como uma adaptação do fascismo histórico às democracias liberais1, combina ultranacionalismo, autoritarismo e supremacia étnica com roupagens institucionais2. Em Israel, essa ideologia manifesta-se através de políticas coloniais, militarização extrema e alianças com grupos supremacistas como Otzma Yehudit3, Lehava4 e Hilltop Youth5, cujas práticas segregacionistas violam sistematicamente direitos humanos palestinos6. Tecnologias de vigilância baseadas em inteligência artificial, como os sistemas Lavender e Gospel, são utilizadas para controle populacional e seleção de alvos étnicos em Gaza7, enquanto organismos internacionais como a ONU e a Corte Penal Internacional denunciam o regime israelense como apartheid8 e acusam-no de genocídio9.

Esta análise expõe as interseções perigosas entre o projeto colonial israelense e as redes neofascistas globais10.

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