Maurício Moura
Neste quarto e último capítulo da nossa série sobre demarcação científica, enfrentamos a pergunta crucial: será possível encontrar critérios universais para distinguir ciência de pseudociência?
Ao compararmos a eficácia dos modelos clássicos e contemporâneos nas diferentes áreas do conhecimento, que padrões emergirão? A falseabilidade popperiana, tão eficaz na física, mostrar-se-á igualmente válida na antropologia? Os paradigmas de Kuhn e o modelo sistêmico de Bunge conseguirão superar as limitações dos critérios tradicionais?
Mais importante: que custos políticos e epistemológicos carregam as tentativas de estabelecer demarcações rígidas? E que tipo de ciência queremos construir – uma que hierarquiza saberes ou uma que celebra a diversidade cognitiva?
A jornada que concluiremos aqui questionará não apenas como definimos ciência, mas para quem e para que fins o fazemos.
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