Ratinho Júnior roendo a Celepar em cima de uma pilha de dinheiro

Ratinho Júnior vende os dados dos paranaenses em negócio secreto

Governo Ratinho Júnior insiste em leiloar os dados sensíveis de milhões de paranaenses, ignorando alertas judiciais, técnicos e a própria lógica do interesse público.

Maurício Moura

A Celepar (Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná) não é uma empresa estatal qualquer. Como primeira empresa pública de TI do Brasil, fundada em 1964, ela representa o cérebro digital do Estado: a custódia de informações que vão desde prontuários de saúde até operações de segurança pública. A insistência do governador Ratinho Júnior em privatizá-la, no entanto, não se sustenta em prejuízos ou ineficiência. Pelo contrário: a empresa é lucrativa e superavitária, com lucro líquido de R$ 130 milhões e faturamento de R$ 760 milhões nos últimos dois anos 1. Este processo, aprovado pela Assembleia Legislativa em apenas nove dias sob regime de urgência, representa um caso paradigmático de como o discurso da modernização pode servir para escamotear a liquidação do patrimônio público estratégico.

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