Materialismo, Relatividade e socialismo em Einstein

Este texto me foi enviado recentemente por seu autor para ser publicado e pode ser considerado o primeiro guest post do site (apesar de não ser um texto inédito). Nele, Glailson Santos expõe uma interessante visão sobre as teorias de Einstein, começando por desmitificar a Teoria da Relatividade, levanto-a a sua raiz mais simples. O autor resgata as origens materialistas e socialistas do físico, a partir de seus próprios escritos.

Aproveito para convidar nossos leitores a enviarem seus textos. Este site é de todos os livres pensadores!


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Einstein e o senso comum

Albert Einstein

 

“Senso comum
não é nada mais
do que um depósito
de preconceitos
colocados na mente
antes de fazermos
dezoito anos”

Albert Einstein

In: BELL, Eric. Mathematics, Queen and Servant of the Sciences. Bell & Sons Ltd. 1952.

Má conduta científica é um problema global, afirma pesquisador

Por Elton Alisson

Plágio, falsificação e fabricação de resultados científicos deixaram de ser problemas exclusivos de potências em produção científica, como os Estados Unidos, Japão, China ou o Reino Unido.

A avaliação foi feita por Nicholas Steneck, diretor do programa de Ética e Integridade na Pesquisa da University of Michigan, nos Estados Unidos, em palestra no 3º BRISPE – Brazilian Meeting on Research Integrity, Science and Publication Ethics, realizado nos dias 14 e 15 de agosto, na sede da FAPESP.

Segundo Steneck, por ter atingido escala global, é preciso que universidades, instituições de pesquisa e agências de fomento em todo o mundo realizem ações coordenadas para lidar com essas questões, a fim de não colocar em risco a integridade da ciência como um todo.

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Bronowski e o fracasso da magia

Jacob Bronowski

“O homem domina a natureza
não pela força,
mas pela compreensão.

É por isto que a ciência
teve sucesso
onde a magia fracassou:

porque ela não buscou
um encantamento
para lançar sobre a natureza”

Jacob Bronowski

Bronowski, Jacob. In Singh, Simon. Big Bang. Editora Record. Rio de Janeiro/São Paulo. 2006. ISBN: 85-01-07213-3 (pág. 459)

Sagan: a ciência e a democracia

“A ciência é muito mais do que um corpo de conhecimento.
É uma forma de pensar.
Isso é central para o seu sucesso.

A ciência nos convida a ficar com os fatos, mesmo quando eles não estão em conformidade com nossos conceitos.

Carl SaganEla nos aconselha a levantar hipóteses alternativas em nossas cabeças e ver qual delas melhor corresponde aos fatos.

Ela nos exorta a um balanço entre uma abertura sem barreias a novas ideias, mesmo heréticas, e a investigação cética mais rigorosa de tudo – novas ideias e sabedoria estabelecida.

Nós precisamos de uma ampla valorização desse tipo de pensamento.
Ele funciona.
É uma ferramenta essencial para a democracia em uma era de mudanças.

Nossa tarefa é não apenas trainar mais cientistas mas também aprofundar uma compreensão pública da ciência.”

Carl Sagan

SAGAN, Carl. Why We Need To Understand Science in The Skeptical Inquirer. Volume 14, 3ª edição (Primavera de 1990).
Tradução: Maurício Moura

Interatividade da Internet mudou a forma de comunicar a ciência

Por Elton Alisson, de Salvador

As novas plataformas de web 2.0 – como é denominado o uso interativo da internet –, tais como blogs e redes sociais, têm transformado o modo de comunicar a ciência e aumentado a difusão de conteúdo científico em diversos países, incluindo o Brasil.

A avaliação foi feita por especialistas participantes de um painel sobre o uso de mídias sociais na comunicação da ciência durante a 13th International Public Communication of Science and Technology (PCST), realizada entre 5 e 8 de maio em Salvador, na Bahia.

Com o tema central “Divulgação da ciência para a inclusão social e o engajamento político”, o encontro ocorreu pela primeira vez na América Latina e reuniu pesquisadores de mais de 50 países para debater práticas e estratégias de comunicação e divulgação científica adotadas em diferentes partes do globo.

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The New Creationism - O novo criacionismo

O que a ciência tem a dizer sobre o criacionismo

Em um posicionamento contundente, a Sociedade Brasileira de Genética (SBG) publicou um manifesto que questiona frontalmente as bases científicas do criacionismo, alertando para seus impactos no ensino e na formação acadêmica no Brasil. O documento, intitulado “O que a ciência tem a dizer sobre o criacionismo”, estabelece uma clara demarcação entre o domínio da fé religiosa e o campo da ciência experimental, reafirmando que a Teoria da Evolução por Seleção Natural — fundamentada em “evidências e dados experimentais” acumulados ao longo de 150 anos — constitui o pilar unificador das ciências biológicas contemporâneas. Ao destacar que explicações baseadas “na fé e crença religiosa” não integram o conteúdo das disciplinas científicas, a SBG posiciona-se contra a inserção de ideias criacionistas (incluindo o Design Inteligente) em escolas e universidades, defendendo que tais concepções, embora válidas como expressões teológicas, representam “pseudociência e obscurantismo” quando apresentadas como alternativas ao conhecimento científico. O manifesto surge como resposta à crescente divulgação dessas ideias no país e evoca figuras históricas como Galileu e Darwin para sublinhar a necessidade de proteger o ensino científico de interferências dogmáticas.

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Cosmos: uma nova odisseia no espaço-tempo

CosmosDurante a década de 1980, o astrofísico Carl Sagan revolucionou a divulgação científica com a série de TV Cosmos: uma viagem pessoal. A série foi um divisor de águas para mim e para grande parte da minha geração, despertando uma curiosidade científica que definiu o que sou hoje.

A série original era escrita pelo próprio Sagan, sua esposa Ann Druyan e Steven Soter e foi vista por 750 milhões de pessoas em 175 países. Ganhou três Prémios Emmy e um Peabody.

Quando Sagan morreu, em 1996, Ann procurou criar uma nova série, seguindo o apelo original de conquistar o maior público possível para conhecer a ciência. Para isso, procurou o “mais popular astrofísico do Universo”, Neil Degrasse Tyson.

Depois de mais de uma década tentando obter dinheiro para produzir a série, Ann, Steven e Neil conseguiram convencer o produtor Seth MacFarlane (criador de Family Guy) a abraçar o projeto, mas só em 2011 ele começou a ser produzido de fato.

Assista o primeiro episódio, Standing Up in the Milky Way, que foi ao ar ontem pela FOX dos EUA e pelo National Geographic Channel. Não esqueça de ligar as legendas.

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Freud: a ciência e as ilusões

 
“Não, nossa ciência
não é uma ilusão.
Ilusão seria imaginar que
aquilo que a ciência
não nos pode dar,
podemos conseguir
em outro lugar.”

Sigmund Freud

Gesammelte Werke: Bd. Werke aus den Jahren 1925-1931. 5. Aufl. 1976 – Página 380, Sigmund Freud, Anna Freud – S. Fischer, 1976 – 605 páginas

A coisa que mais me espanta no Universo

O Zen Pencils, é um site que faz adaptações de frases de pessoas famosas para os quadrinhos. Dessa vez, o homenageado é o “mais popular astrofísico do Universo”, Neil DeGrasse Tyson.

Eu sou fã assumido do DeGrasse (veja outros posts sobre ele) e já até publiquei esse mesmo texto aqui (só que como vídeo e com uma tradução diferente).

Esse texto tem origem em uma entrevista concedida por DeGrasse à revista TIME. Ao ser perguntado sobre qual seria, para ele, o fato mais impressionante do Universo, foi isso que ele disse.

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