Eddie Vedder, vocalista da banda grunge Pearl Jam, engrossou o coro de músicos que se posicionam contra a violência racista promovida pelo governo de Israel.
Em um show na Inglaterra, Vedder fez um discurso em defesa do povo Palestino e condenando o genocídio desse povo:
“Juro por Deus, há pessoas que andam à procura de uma razão para matar, para atravessar fronteiras e ocupar uma terra que não lhes pertence. Deviam ir embora e preocupar-se com a sua vida. Todo mundo quer a mesma coisa: ter filhos, comer, procriar, fazer uma pintura, fazer arte, ouvir música, foder mais um pouco, ter mais um bebê, comer, trabalhar, comer, trabalhar, amar, amar, amar. Todo mundo é igual! Então porque é que andam em guerra? Parem com essa merda, agora! Não queremos dar-lhes o nosso dinheiro. Não queremos pagar impostos para vocês lançarem bombas sobre crianças”.
Vedder terminou o discurso ajoelhando-se e pedindo paz.
A reação da grande mídia israelense foi imediata. Apesar de Vedder não ter citado Israel nominalmente, o jornal The Jerusalem Post afirmou que o discurso é um “ataque anti-Israel”.
Dias depois, Vedder usou a página oficial do Pearl Jam para deixar bem claro que “continua anti-guerra”.
Krist Novoselic, ex-baixista do Nirvana, fez como com Vedder: “Obrigado, Eddie Vedder, por reclamares a paz no nosso mundo”. Neil Young, na mesma linha, cancelou um show que faria em Tel Aviv, afirmando: “Esperemos poder tocar em Israel e na Palestina, em paz”.
Além deles, coro dos músicos que se levantam contra o Apartheid Israelense conta com nomes como Roger Waters (Pink Floyd), Tunde Adebimpe (TV On The Radio), Victor Vazquez (Kool A.D.) e Brian Eno.
Leia a íntegra da carta de Eddie Vedder: