Por volta do ano de 1845, Marx começava a formular sua crítica à filosofia alemã, tanto ao idealismo quanto ao materialismo contemplativo. Analisando as ideias do jovem hegeliano Ludwig Feuerbach (que já publiquei aqui), Marx formula ideias centrais a partir das quais ele evoluiria sua crítica.
Esse rascunho só chegou a ser publicado após a morte de Marx, quando Engels editou-as e publicou-as como um apêndice ao seu livro Ludwig Feuerbach e o fim da filosofia clássica alemã. O texto original só ressurgiu em 1924 quando o Instituto de Marxismo-Leninismo de Moscou publicou A filosofia alemã.
Com este texto, continuamos nossa série sobre a gênese do pensamento materialista.
Aqui, Marx entende que não basta contemplar a matéria estática, como se fosse um quadro. É preciso entender que a realidade é a matéria em movimento, a interação entre os elementos e os indivíduos. Com essa compreensão, percebe que é necessário alterar esse mundo, alterar a realidade, alterar as interações entre os indivíduos conforme as necessidades reais das pessoas reais.
Porantim
“Desconfiai do mais trivial,
Dentro da série de descoberta das raízes do materialismo, publico o terceiro dos textos clássicos de Feuerbach.
Ludwig Feuerbach foi um filósofo alemão do século XIX, grande influenciador da filosofia materialista.
