Roger Waters - In The Flesh - The Wall

Roger Waters hoje: como ‘In The Flesh?’ antecipa os novos autoritarismos

Maurício Moura

Lançado em 1979 como parte do álbum conceitual The Wall, a canção “In The Flesh?” surge num contexto histórico marcado pela crise do Estado de Bem-Estar Social, ascensão de governos conservadores (Reagan, Thatcher) e ressurgimento de movimentos neofascistas na Europa. A obra de Roger Waters com o Pink Floyd reflete uma crítica multifacetada aos mecanismos autoritários, analisando tanto estruturas político-sociais quanto processos psicológicos de alienação. Este artigo propõe que a canção constitui uma radiografia dos dispositivos de controle ideológico cuja atualidade manifesta-se nos novos autoritarismos do século XXI, incluindo práticas sionistas contemporâneas. Através de metodologia integrada que conjuga análise musical com teoria política, demonstraremos como a obra antecipou dinâmicas de manipulação coletiva que hoje se reconfiguram. O objetivo é a construção de pontes para superar os desafios atuais da resistência democrática.

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A Palestina será livre!

Como todo crime contra a humanidade, o genocídio do povo palestino traz sentimentos de solidariedade a qualquer ser humano que tenha o mínimo de empatia com sua espécie. Muito se tem produzido nestas seis décadas de violência promovida pelo Estado de Israel por acadêmicos, poetas, pintores, ilustradores, historiadores, músicos…

São inesquecíveis, por exemplo, os quadrinhos do jornalista maltês Joe Sacco ou a canção de Roger Waters. Vários outros músicos expressaram esse sentimento de solidariedade, como a banda punk paulistana Inocentes, a banda de rock progressivo Haddad, o rapper alagoano Za Zo (publiquei aqui) ou o cantor pop sueco de origem libanesa Maher Zain.

Com letras profundamente influenciadas pelos valores muçulmanos, Zain faz grande sucesso no Oriente Médio, Malásia e Indonésia, sendo considerado a maior estrela muçulmana da atualidade e a trilha sonora da Primavera Árabe.

O vídeo a seguir é de 2009 e expressa toda a dor e esperança do povo palestino. Infelizmente, continua atual.

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