
Quem nunca se deparou com um defensor da astrologia que tem como argumento máximo a frase “mas funciona”? Geralmente seguido de alguma evidência anedótica com o próprio ou algum amigo ou parente.
O mesmo ocorre com defensores de outras pseudociências, como a homeopatia, quiropraxia ou reflexologia. Não sem surpresa, é o mesmo fenômeno quando se discutem a mediunidade e percepções “extrassensoriais”, medicina “alternativa”, abduções alienígenas e todo tipo de afirmação fantástica anticientífica.
Quando você se aprofunda na discussão com o indivíduo, sempre acaba surgindo, como argumento final, a frase “você precisa abrir a sua mente”.
Pois bem, o músico australiano Tim Minchin lança um desafio a todos esses “pensadores” e propõe inclusive um prêmio.
Além de músico, Minchin é ator e humorista e aborda constantemente temas como pseudociências, religião e fé. Ateu e cético, defende que nossas opiniões e visões de mundo devem se basear na realidade, nas evidências e que todos os dogmas e tradições devem ser desafiados.
Se você abrir demais a sua mente, seu cérebro vai cair
Se qualquer um puder me mostrar um exemplo na história do mundo de um único
médium que tenha sido capaz de provar sob condições experimentais razoáveis que eles são capazes de ler mentes
E se qualquer um puder me mostrar um exemplo na história do mundo de um único
astrólogo que tenha sido capaz de provar sob condições experimentais razoáveis que eles podem predizer eventos pela interpretação de sinais no céu
E se qualquer um puder me mostrar um exemplo na história do mundo de um único
Homeopata que tenha sido capaz de provar sob condições experimentais razoáveis que soluções feitas de partículas infinitamente pequenas de coisas boas dissolvidas repetidamente em quantidades relativamente grandes de água tiveram um valor medicinal consistentemente maior do que um placebo administrado da mesma forma
E se qualquer um puder me mostrar apenas um exemplo na história do mundo de uma única
pessoa “espiritualizada” ou religiosa que tenha sido capaz de provar logicamente ou empiricamente a existência de um poder maior que possui qualquer consciência ou interesse na raça humana ou habilidade para punir ou recompensar humanos pelas suas escolhas morais ou qualquer outra razão – diferente do medo – para acreditar em qualquer versão de uma vida após a morte.
Eu lhe darei meu piano, uma das minhas pernas e minha esposa.
Tradução da transcrição: Maurício Sauerbronn de Moura
A última coisa que esta página é é de livre pensamento. Estão aqui apenas para defender as ideias do stablishment científico e seus dogmas, sem nem sequer saber do que estão falando ao citar “Astrologia” – seja lá o que vocês entendem por isso.
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Caro Ian,
O Livre Pensamento é a visão de que as opiniões devem sempre ser baseadas nos fatos, na razão e na lógica e não em autoridade, tradição ou dogmas. Sugiro algumas leituras:
Perceba que a ciência é a busca de conhecimento com o uso de métodos que procurem os erros de qualquer afirmação. A ciência é, por princípio, mutável e discutível e, assim, é a negação do dogma. Falar em “dogma científico” é uma contradição lógica, é o oposto simétrico de uma tautologia.
Sobre a “astrologia” (que é, esta sim, dogmática e anti-científica), usemos a definição da Wikipédia: “é uma pseudociência segundo a qual as posições relativas dos corpos celestes poderiam, hipoteticamente, prover informação sobre a personalidade, as relações humanas, e outros assuntos mundanos. É, como tal, uma atividade divinatória, quando usada como oráculo, mas também pode ser usada como ferramenta para definição das personalidades humanas”.
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