Multidão de trabalhadores israelenses e palestinos unidos em protesto durante greve geral em Tel Aviv, com megafone caído sobre paralelepípedos e pichação 'Greve Geral 17/8' em vermelho, bandeiras de Israel e Palestina ao fundo e fumaça na skyline urbana.

Greve geral em Israel: o povo exige o fim da guerra

Em um movimento de desafio aberto ao governo neofascista de Netanyahu, famílias de reféns israelenses mantidos em Gaza convocaram uma greve geral para o próximo domingo (17 de agosto) 1 2. A paralisação, apoiada por partidos da oposição e pelo Conselho 7 de Outubro (que representa parentes de vítimas do ataque de 2023), surge como resposta à decisão do Gabinete de Segurança de Israel de expandir a ofensiva militar para ocupar a Cidade de Gaza 3 4. Organizadores alertam que a operação representa risco mortal para reféns ainda sob custódia do Hamas 5.

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Máfias da soberania: como a extrema direita global opera como crime organizado

Maurício Moura

A ascensão global de movimentos de extrema direita reconfigurou práticas políticas tradicionais, incorporando métodos historicamente associados ao crime organizado. Este fenômeno manifesta-se através de uma hibridização perigosa entre estruturas estatais e mecanismos ilícitos, onde lealdades pessoais suplantam compromissos institucionais (RODRIGUES, 2017). A investigação aqui proposta parte de uma premissa crítica: grupos como a aliança Trump-Bolsonaro operam segundo uma lógica que transcende o autoritarismo convencional, apropriando-se de estratégias típicas de organizações mafiosas, como extorsão sistêmica, evasão financeira transnacional e instrumentalização de crises (G1, 2024; SPITZECK, 2019).

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Campo de concentração de Israel em Rafah

Israel anuncia criação de campo de concentração em Rafah

Em 7 de julho de 2025, o ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, anunciou a criação de um campo de confinamento em massa nas ruínas de Rafah, no sul da Faixa de Gaza 1. Oficialmente designado como “cidade humanitária”, o projeto visa concentrar inicialmente 600 mil palestinos, mas com potencial expansão para milhões, em uma área cercada por barreiras militares e com restrição de movimentos 2. O anúncio ocorre após a destruição de 75% das estruturas civis em Rafah por ofensivas israelenses, segundo dados da ONU 3. Este artigo examina como a iniciativa combina argumentos de segurança com controle populacional, violando princípios basilares do Direito Internacional Humanitário (DIH) e ocorrendo sob investigação do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) por genocídio 4.

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União dos povos do mundo contra o governo genocida de Israel

Neofascismo e Israel: colonialismo, militarização e a nova extrema-direita

O neofascismo contemporâneo, definido por estudiosos como uma adaptação do fascismo histórico às democracias liberais1, combina ultranacionalismo, autoritarismo e supremacia étnica com roupagens institucionais2. Em Israel, essa ideologia manifesta-se através de políticas coloniais, militarização extrema e alianças com grupos supremacistas como Otzma Yehudit3, Lehava4 e Hilltop Youth5, cujas práticas segregacionistas violam sistematicamente direitos humanos palestinos6. Tecnologias de vigilância baseadas em inteligência artificial, como os sistemas Lavender e Gospel, são utilizadas para controle populacional e seleção de alvos étnicos em Gaza7, enquanto organismos internacionais como a ONU e a Corte Penal Internacional denunciam o regime israelense como apartheid8 e acusam-no de genocídio9.

Esta análise expõe as interseções perigosas entre o projeto colonial israelense e as redes neofascistas globais10.

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15 de maio é dia de defender o povo palestino

O povo palestino sofre há mais de 50 anos com a ocupação ilegal do Exército de Israel. A intenção do Estado Sionista é clara: a eliminação sistemática do povo palestino, em outras palavras: genocídio.

Nos últimos dias uma nova ofensiva militar israelense, justamente no Ramadã, já deixa um saldo de centenas de jovens, mulheres e crianças palestinas mortas.

A Juventude Sanaúd, organização de jovens palestinos no Brasil, está organizando junto com outras organizações um dia de luta em defesa do povo palestino.

Confira as datas dos atos na sua cidade:

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Apontamentos para a Causa Palestina

* Yasser Jamil Fayad
Jamil Abdalla Fayad

O objetivo desse ensaio é lançar luzes sobre a totalidade concreta na qual a Causa Palestina está inserida. Não se trata de uma tese final e acabada, mas sim de tentativas de aproximações daquela práxis emancipatória. A luta pela libertação Palestina abriu as portas para um processo que pode não se encerrar dentro dos moldes de um “Estado nacional burguês”. O futuro dirá se o povo palestino optará em transcender esses limites rumo ao socialismo – uma certeza temos: no mundo árabe, os palestinos são hoje os que mais podem fazê-lo. Opção que fortalecerá sua herança positiva de solidariedade, fraternidade e justiça com equidade social e econômica. Esta saída será a antítese de beleza que o diferenciará da feiura sionista.

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Nosso verbo é lutar: Somos todos palestinos

A luta pela vida e auto-determinação do povo palestino sempre estiveram presentes aqui no Livre Pensamento. A laicidade, a democracia, a paz e poder viver segundo seus próprios costumes são direitos fundamentais dos povos do mundo. Direitos esses que tem sido roubados pelo Estado de Israel aliado ao imperialismo mundial, que mata, tortura e aprisiona o povo palestino aos milhares há mais de 60 anos. Um Estado racista, governado pelo Sionismo (um tipo de fascismo) que não se contenta em massacrar os palestinos, mas comete dezenas de crimes contra os Beduínos, os Beta Israel (judeus etíopes), os Mizrahim (judeus árabes) e tantos outros povos.

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Jovens judeus vivem ruptura com sionismo

Eles não apoiam o Estado de Israel. Mesmo vindo de famílias judaicas tradicionais, seus corações e mentes são solidários à causa palestina. Parentes e amigos reagem com rancor, mas este grupo de jovens rechaça as crenças sionistas

Yuri Haasz, Elena Judensnaider, Shajar Goldwaser, Bruno Huberman e Bianca Neumann Marcossi gostam dos quadrinhos pró-palestinos de Joe Sacco e têm simpatia pelo polêmico “A Invenção do Povo Judeu”, de Shlomo Sand. Aplaudem filmes como “Lemon Tree” e documentários como “Defamation” ou “The Gate Keepers”, narrativas críticas ao Estado de Israel.

Para além de um repertório cultural pouco comum entre os judeus, os cinco chamaram atenção quando se reuniram, no dia 8 de julho, junto com outros colegas, para repudiar a ação militar de Israel na Faixa de Gaza. Diante do consulado desse país em São Paulo, ergueram cartazes de protesto que horrorizaram parte da comunidade judaica.

Estes jovens, em roda de conversa com Opera Mundi, relataram sua trajetória de contestação ao sionismo e a reação que sua atitude provoca entre familiares. Discutiram também o que é ser judeu no século 21, problematizando a proposta de dois Estados para dois povos e repensando a própria existência de um lar nacional judaico encarnado por Israel.

“Queremos deixar claro, em nossa condição judaica, que não compactuamos com a opressão ao povo palestino e o massacre de civis em Gaza”, afirma Yuri Haasz. “Israel não atua em autodefesa, mas com a intenção de ocupação territorial, para inviabilizar a criação de dois Estados.”

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Judeus sobreviventes do holocausto nazista condenam massacre de palestinos em Gaza e a cumplicidade dos EUA

Através de uma carta pública, mais de 300 judeus sobreviventes e descendentes de sobreviventes do holocausto nazista condenam as ações do governo de Israel contra os palestinos na Faixa de Gaza, a cumplicidade do governo dos Estados Unidos e fazem um chamado a um boicote acadêmico, cultural e econômico de Israel.

“Condenamos inequivocamente o massacre de palestinos em Gaza e a atual ocupação e colonização da Palestina Histórica”, afirmam na carta que foi publicada no site da Rede Internacional Judia Anti-Sionista (International Jewish Anti-Zionist Network). “Condenamos que os Estados Unidos provenham a Israel o financiamento para levar a cabo o ataque”, continuam.

Denunciam o uso fraudulento de seu sofrimento, suas histórias e biografias para promover a desumanização dos palestinos, tal como fez Elie Wiesel, prêmio Nobel da Paz de origem judaica, através de avisos publicados em grandes meios como o The Guardian, em que se acusam sem provas aos palestinos, especificamente o Hamas, de usar crianças como escudos humanos. Os avisos de Wiesel são para “justificar o injustificável: a determinação de Israel em destruir Gaza e o assassinato de cerca de 2 mil palestinos, incluindo centenas de crianças”, afirmam.

Por último, solicitam donativos para publicar a carta no New York Times, com o fim de que tenha mais difusão.

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“Eu matei 13 crianças hoje e você é a próxima”

O soldado do Exército Israelense David Ovadia publicou em seu Instagram no último 30 de julho uma foto de si com um fuzil de precisão Barrett calibre .50 (utilizado por atiradores de elite). Na publicação, dirigida à palestina residente em Israel Sherrii ElKaderi, Ovadia afirma: “Eu matei 13 crianças hoje e você é a próxima. Muçulmanas de merda. Vão para o inferno, vadias”.

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