“Limpeza étnica”: o racismo legalizado de Israel

“Precisa de uma empregada? Está cansado de ser multado por contratar imigrantes ilegais? Não quer contratar uma faxineira árabe por questões de segurança? Está cansado de seguir a lei e depois ser processado por empregados temporários?”

Não, esse texto não foi retirado de uma propaganda do Século XIX. Ele é a chamada de um folheto distribuído em pleno 2016 nas ruas de Tel Aviv, em Israel. Ele oferece serviços domésticos com preços que variam segundo a origem étnica do empregado.

O trabalho doméstico contratado é um resquício da escravidão e, por si só, já é algo absurdo. Quando esse absurdo volta às suas origens racistas, a coisa começa a feder. Agora, imagine se esse racismo escravocrata é legalizado e prática usual.

Auto proclamado “a única democracia do Oriente Médio, Israel é um país onde o apartheid, o racismo legalizado, é praxe.

12669543_10154575893649251_8349052635590932191_nA empresa oferece a grande “solução” para os problemas dos cidadão israelense (que podem pagar): um cardápio de mulheres onde o preço varia conforme a cor da pele. Uma mulher de origem africana vale 49,00 NIS (Novo Shekel Israelense – a moeda oficial de Israel) por hora. Já se a origem da carne feminina for do Leste Europeu, o preço já sobe pra 52,00 NIS. Ah, mas se você quer uma “mulher civilizada” na sua casa, terá que desembolsar 69,00 NIS por alguém da parte ocidental da Europa.

O panfleto em questão foi postado pela jornalista israelense Tal Schneider em seu perfil do Facebook e a história foi parar nos jornais israelenses. A coisa parecia tão absurda que chegou-se a aventar a possibilidade de o folheto ser falso, mas o jornal local Mako, que primeiro publicou a matéria, entrou em contato com a empresa e confirmou que a coisa é assim mesmo. Um empregado da empresa chegou a afirmar que os preços são diferenciados porque “as mulheres do leste europeu trabalham de forma melhor”, garantindo que não há qualquer ilegalidade na segregação.

Tal atitude machista e racista está longe de ser um fato isolado. Vai muito além das ameaças e ofensas redes sociais. Soldados israelenses já denunciam o racismo dentro das próprias “forças de segurança”, judeus do mundo inteiro combatem esse racismo.

Há poucos anos, o governo sionista tinha uma política de esterilização forçada de mulheres negras, judias de origem etíope. Mais: mantém um campo de concentração para imigrantes negros em Nagev que, quando liberados, são largados no meio do deserto e proibidos de ir para as cidades. O racismo também ronda a população israelense: no começo deste ano, dois passageiros palestinos foram expulsos de um avião a pedido de passageiros israelenses.No ano passado, vários hotéis alertavam aos clientes que fizessem reservas para que não houvessem lugares vagos para árabes durante os feriados.

Isso fora os vários deslocamentos forçados de beduínos em Abu Nwar, Negev e outros lugares, o que contraria diretamente o artigo 49 da Convenção de Genebra e a Convenção para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio.

Exemplos não faltam de um Estado racista, machista e que promove o genocídio do povo palestino. A humanidade não pode mais conviver com isso.

Pelo fim do Apartheid israelense!


Com informações de Mondoweiss, Opera Mundi, Haaretz, RT e BBC

 

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