Judeus sobreviventes do holocausto nazista condenam massacre de palestinos em Gaza e a cumplicidade dos EUA

Através de uma carta pública, mais de 300 judeus sobreviventes e descendentes de sobreviventes do holocausto nazista condenam as ações do governo de Israel contra os palestinos na Faixa de Gaza, a cumplicidade do governo dos Estados Unidos e fazem um chamado a um boicote acadêmico, cultural e econômico de Israel.

“Condenamos inequivocamente o massacre de palestinos em Gaza e a atual ocupação e colonização da Palestina Histórica”, afirmam na carta que foi publicada no site da Rede Internacional Judia Anti-Sionista (International Jewish Anti-Zionist Network). “Condenamos que os Estados Unidos provenham a Israel o financiamento para levar a cabo o ataque”, continuam.

Denunciam o uso fraudulento de seu sofrimento, suas histórias e biografias para promover a desumanização dos palestinos, tal como fez Elie Wiesel, prêmio Nobel da Paz de origem judaica, através de avisos publicados em grandes meios como o The Guardian, em que se acusam sem provas aos palestinos, especificamente o Hamas, de usar crianças como escudos humanos. Os avisos de Wiesel são para “justificar o injustificável: a determinação de Israel em destruir Gaza e o assassinato de cerca de 2 mil palestinos, incluindo centenas de crianças”, afirmam.

Por último, solicitam donativos para publicar a carta no New York Times, com o fim de que tenha mais difusão.

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“O JUDEU não se mistura com povos imundos”

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Redes sociais tem a incrível capacidade de escancarar o que há de mais ignorante e imbecil na mente das pessoas.

O que dizer sobre tal comentário?

É aquele momento em que você não sabe se o mais ignorante é o misógino racista que defende o estupro de inocentes como política de Estado ou o que sai em defesa dele com mais comentários racistas…

A imbecilidade não conhece limites.

A mentira da “auto defesa” de Israel

Breno Altman é um jornalista judeu, diretor editorial da Revista Samuel e do Opera Mundi.

No texto a seguir, Altman desmascara a tese oficial de “auto defesa” baseando-se em apenas três argumentos: desde 1967, quando começou a expandir seu território pela força, Israel é que tem sido o agressor. Assim, quem teria o direito de auto-defesa seriam os palestinos. Em segundo lugar, Netanyahu fez questão de tratar como um problema militar o caso dos três adolescentes mortos (sequer houve investigação). Por fim, não existe auto-defesa quando o alvo é a população civil, principalmente crianças.

Não existe auto-defesa de Israel. O que é existe é genocídio.

Fim imediato e incondicional do bombardeio contra o povo palestino!

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O filho do general israelense que luta contra o sionismo

Hafradah (הפרדה) é o nome que os sionistas deram à sua política de, no início da ocupação das terras palestinas, criar estruturas de saúde, educação e segurança somente para judeus. Hafradah é a política oficial israelense de considerar qualquer povo que não seja judeu e branco como um ser humano de segunda classe.

A palavra hebraica literalmente significa “segregação”. Hafradah é o nome oficial do apartheid israelense, do racismo sionista.

Miko Peled é um judeu israelense, nascido e criado em Jerusalém, que luta contra essa segregação. Filho de um importante general do exército israelense e neto de um dos sionistas que assinaram a declaração de independência de Israel, Peled cresceu em um ambiente profundamente sionista, ingressando ainda jovem nas Forças Especiais do exército israelense. Horrorizado e enojado com a invasão do Líbano em 1982, abandonou o exército.

As contradições entre o discurso sionista e a prática violenta, racista e genocida do exército e do Estado de Israel, o fizeram perceber que a auto-afirmação do povo judeu não poderia ser assentada sobre pilhas de corpos de outras etnias. O racismo explícito dos sionistas contra os próprios judeus de pele escura (beta, mizrahim, bene, lemba etc.) o fez perceber que o racismo sionista era inimigo da paz entre os judeus.

Em seu livro The General’s Son: Journey of an Israeli in Palestine (O filho do general: diário de um israelense na Palestina), Peled denuncia esse racismo. Denuncia as atrocidades das forças armadas israelenses contra os vários povos que vivem na região: racismo, assassinatos, estupros, pilhagem, genocídio.

No vídeo a seguir, ele fala um pouco sobre sua luta para acabar com o Hafradah, para acabar com o racismo sionista que promove a guerra e a morte. Fala dos mitos criados pela propaganda sionista para encobrir o genocídio dos povos da Palestina.

Peled, assim como todos os livres pensadores do mundo, entende que a única solução para a região é um único país, secular e democrático, para todos os povos, sejam muçulmanos, palestinos ou judeus.

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Cidadãos israelenses acusam Israel de genocídio

Boycott from within é uma organização que reúne cidadãos de Israel que se opõe ao genocídio promovido por Israel contra o povo palestino através da defesa do boicote internacional a Israel. Se declaram contra todo tipo de racismo e opressão e defendem que o boicote é a maneira de apoiar a luta não violenta contra o fascismo do Estado de Israel.

Dezenas de grupos dentro e fora de Israel tem condenado o genocídio israelense (veja aqui), inclusive dentro do exército de Israel (veja aqui), com denúncias de racismo, misoginia, tortura, prisões ilegais e genocídio.

O grupo Boycott enviou a carta a seguir para o Escritório do Assessor Especial para a Prevenção do Genocídio das Nações Unidas e convida outros a fazerem o mesmo neste link:

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“Não em nosso nome”: judeus do mundo se opõe ao apartheid israelense

Por toda a História do sionismo, sempre houveram judeus que se opuseram ao racismo pregado por essa corrente de pensamento inspirada no fascismo.

Em 1948, vários proeminentes cientistas e personalidades judaicas (incluindo Einstein e Hannah Arendt) publicaram um manifesto em que condenam as atrocidades do fascismo sionista. Outro judeu e um dos mais importantes historiadores do século XX, Eric Hobsbawm, também se manifestou contra o que ele chamou de “barbárie” do governo de Israel, alertando que a política sionista é inimiga do judaísmo.

Mesmo dentro de Israel, vários grupos de judeus (alguns com várias décadas de existência) tem se manifestado contra o massacre do povo palestino, como o Abnaa el-Balad (Filhos da Terra), Shministim (Formandos), Breaking the Silence (Rompendo o Silêncio), Anarchists Against The Wall (Anarquistas Contra o Muro), Boycott from Within (Boicote por Dentro), Combatants For Peace (Combatentes pela Paz). Lugares com grandes comunidades judaicas (como Nova Iorque) também concentram várias organizações judaicas contra o sionismo, como o Jewish Voice for Peace (Voz Judaica pela Paz), Neturei Karta (Guardiões da Cidade) e Jews for Justice for Palestinians (Judeus por Justiça para os Palestinos). Além disso, campanhas de denúncia do racismo do governo israelense e de deserção em massa do exército tem pululado por lá.

No ano passado, 100 mil judeus fecharam a Federal Plaza, em Nova Iorque, defendendo o fim do Estado de Israel e o estabelecimento de um só Estado multi-religioso e multi-étnico na Palestina.

Aqui no Brasil, judeus tem participado de todas as manifestações de suporte aos palestinos.

O antropólogo brasileiro Marcelo Gruman, que é judeu, escreveu um texto sobre a intensa propaganda praticada pelos sionismo para impingir sentimentos fascistas de racismo e ultranacionalismo na juventude desse povo. Leia:

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O mundo se levanta contra o genocídio do povo palestino

Em Paris, mesmo com a proibição imposta pela prefeitura, 10 mil pessoas marcharam no último sábado (26/7) em defesa do povo Palestino. Em Lyon, mais 10 mil. Por toda a França, dezenas de protestos contra o genocídio promovido por Israel tem acontecido nos últimos dias. A cena se repete em Berlim e outras cidades da Alemanha. Na Áustria, um jogo de futebol de um time israelense foi interrompido por manifestantes. Em Portugal, Espanha, Bélgica, Inglaterra, Russia e em toda a Europa, o povo vai às ruas para defender o povo palestino do Holocausto promovido pelo Estado de Israel.

Outros protestos pelo mundo vão na mesma linha: Chicago e Los Angeles (EUA), Amã (Jordânia), Buenos Aires (Argentina), Dakar (Senegal), Teerã (Irã), Escópia (Macedônia), Sanaa (Iêmen), Cabul (Afeganistão), Tóquio (Japão), Nova Déli e Mumbai (Índia), Beirute (Líbano), Praga (República Tcheca), Atenas (Grécia), Peshawar (Paquistão), Dacca (Bangladesh). São milhares de exemplos.

Em toda Israel milhares também vão às ruas contra o genocídio. Nos Territórios Ocupados, nas Cisjordânia, o exército israelense abriu fogo contra mulheres e crianças que faziam um protesto, matando três e ferindo dezenas de manifestantes.

Em São Paulo, manifestantes simbolicamente rebatizaram a praça Cinquentenário de Israel, em Higienópolis, como Praça Palestina Livre. O bairro, tradicional da elite paulistana, tem forte presença judaica. Segundo a PM, os manifestantes apenas apresentaram filmes e leram poemas, mesmo assim, policiais efetuaram disparos com armas longas para dispersar a manifestação. Na Av. Paulista, 4 mil paulistas marcharam em apoio ao povo palestino.

Dezenas de cidades também mostraram a disposição de luta e solidariedade do povo brasileiro: Rio de Janeiro, Curitiba, Campo Grande, Belo Horizonte, Maceió…

Milhões de seres humanos marcham sobre as cidades do mundo para dizer Não ao holocausto Palestino! Não ao genocídio! Não Apartheid israelense!

Ouça a música do rapper alagoano ZaZo para a Palestina:

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Eddie Vedder, Neil Young e Krist Novoselic engrossam coro de músicos contra o Apartheid em Israel

Eddie Vedder, vocalista da banda grunge Pearl Jam, engrossou o coro de músicos que se posicionam contra a violência racista promovida pelo governo de Israel.

Em um show na Inglaterra, Vedder fez um discurso em defesa do povo Palestino e condenando o genocídio desse povo:

“Juro por Deus, há pessoas que andam à procura de uma razão para matar, para atravessar fronteiras e ocupar uma terra que não lhes pertence. Deviam ir embora e preocupar-se com a sua vida. Todo mundo quer a mesma coisa: ter filhos, comer, procriar, fazer uma pintura, fazer arte, ouvir música, foder mais um pouco, ter mais um bebê, comer, trabalhar, comer, trabalhar, amar, amar, amar. Todo mundo é igual! Então porque é que andam em guerra? Parem com essa merda, agora! Não queremos dar-lhes o nosso dinheiro. Não queremos pagar impostos para vocês lançarem bombas sobre crianças”.

Vedder terminou o discurso ajoelhando-se e pedindo paz.

A reação da grande mídia israelense foi imediata. Apesar de Vedder não ter citado Israel nominalmente, o jornal The Jerusalem Post afirmou que o discurso é um “ataque anti-Israel”.

Dias depois, Vedder usou a página oficial do Pearl Jam para deixar bem claro que “continua anti-guerra”.

Krist Novoselic, ex-baixista do Nirvana, fez como com Vedder: “Obrigado, Eddie Vedder, por reclamares a paz no nosso mundo”. Neil Young, na mesma linha, cancelou um show que faria em Tel Aviv, afirmando: “Esperemos poder tocar em Israel e na Palestina, em paz”.

Além deles, coro dos músicos que se levantam contra o Apartheid Israelense conta com nomes como Roger Waters (Pink Floyd), Tunde Adebimpe (TV On The Radio), Victor Vazquez (Kool A.D.) e Brian Eno.

Leia a íntegra da carta de Eddie Vedder:

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Maiores cérebros no mundo pedem embargo a Israel pelo fim do genocídio palestino

Alguns dos maiores cérebros do mundo, incluindo sete ganhadores do Prêmio Nobel, publicaram este mês no The Guardian um manifesto exigindo um embargo total de Israel, semelhante ao embargo ao Apartheid sul-africano nos anos 1970.

As assinaturas incluem acadêmicos, filósofos, músicos, cineastas, jornalistas e escritores, como o professor do MIT Noam Chomsky, que é judeu, o arcebispo anglicano Desmond Tutu (agraciado com o Prêmio Nobel da Paz em 1984 pela sua luta contra o Apartheid na África do Sul), Adolfo Peres Esquivel (Prêmio Pulitzer em 2002), o historiador israelense Ilan Pappe, o ex-juiz da Corte Internacional John Dugard, Federico Zaragoza, ex-diretor geral da Unesco e várias outras personalidades.

O texto denuncia os 30 bilhões de dólares de ajuda militar que os EUA entrega ao regime fascista de Israel, bem como os bilhões em armamento exportados pela Europa a tal regime segregacionista. Denunciam, na mesma linha, hipocrisia de países como a China, Índia e até o Brasil que, mesmo com a política oficial de apoio aos palestinos, permite que suas empresas comercializem armas com Israel.

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Soldados israelenses se recusam a participar do genocídio em Gaza

Face ao genocídio promovido pelas forças militares de Israel, vários movimentos de resistência começam a surgir dentro das próprias forças armadas.

Desde 2013, vários drusos foram presos por se recusarem a participar das ocupações. Em março, sessenta jovens do ensino médio, com idades entre 16 e 19 anos, assinaram um manifesto declarando que se recusam ao alistamento e preferem enfrentar a cadeia a participar da ocupação do território palestino. Também em março, milhares de judeus ortodoxos marcharam em Jerusalém contra o serviço militar.

Agora, são 51 militares da ativa e da reserva que se levantam contra o Exército Israelense. Em um eloquente texto, denunciam a opressão, o incentivo ao preconceito racial (inclusive contra os próprios judeus árabes e africanos) e a perpetuação das desigualdades sociais e dos privilégios da elite.

Militarismo, ultra-nacionalismo, ódio racial, violência… O paralelo com o fascismo e nazismo são inevitáveis.

Leia a íntegra da carta dos militares:

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