Inconcebível: deputado bolsonarista propõe o fim de Universidade Pública

As bancadas bolsonaristas, já famosas pela sua insanidade e por suas crenças em teorias imbecis, também sabe demonstrar que sua sanha por destruir a ciência e a liberdade de pensamento no Brasil e o patrimônio de seu povo também não conhece limites.

O deputado bolsonarista Anderson Moraes (PSL) apresentou na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) um projeto de lei que extingue a Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Sim, caro leitor, você leu corretamente. O “nobre” deputado quer dar fim a um importante centro de pesquisa brasileiro e colocar os alunos dessa Universidade pra darem dinheiro às megacorporações da educação privada.

Esse mesmo Anderson Moraes invadiu o campus da Uerj no Maracanã no início do mês e gravou um vídeo onde destrói com violência uma faixa crítica ao governo federal e onde agride e ofende funcionários e a própria instituição, que classifica como “local de balbúrdia e de vagabundos”.

O que o “nobre” deputado, que pouco conhece sobre leis, não contava é que a existência da Uerj é definida da Constituição do Estado do Rio de Janeiro e, óbvio, jamais poderia deixar de existir através de lei ordinária. O próprio presidente da Alerj, André Ceciliano (PT), classificou o projeto como inconstitucional e, a pedido da reitoria da Uerj, sequer colocou a pataquada do bolsonarista em discussão na casa.

Outro deputado, Flávio Serafini (PSOL), que é presidente da Comissão de Educação da Alerj, classificou a proposta de Moraes como “surto autoritário”

Já o reitor da Uerj, Ricardo Lodi Ribeiro, afirmou em nota que “a tentativa de extinguir a Uerj revela a existência de setores da sociedade, com representação política, que empreendem uma guerra cultural contra a ciência, baseada no irracionalismo irresponsável, cujos resultados já são sentidos pelo povo brasileiro na sabotagem ao enfrentamento da Covid-19. Atacar a Uerj é uma forma vil de suprimir os direitos do enorme contingente de pessoas que têm suas vidas transformadas pela atuação da Universidade.”

Mas quem é esse Anderson Moraes?

Um ataque tão vil à Ciência e ao povo brasileiro não poderia ser coincidência, não? Então vamos conhecer um pouco mais sobre o parlamentar, que se classifica nas redes sociais como uma pessoa “patriota, cristã e armamentista”.

Tráfico de drogas, roubo, extorsão, assassinatos e “ex” de Bolsonaro

O deputado Anderson Moraes, que concluiu apenas o ensino médio, emprega em seu gabinete uma serie muito interessante de indivíduos.

Seu chefe de gabinete, Ricardo Wilke, que recebe um salário de mais de 10 mil reais, foi preso em 2015 por envolvimento com tráfico de drogas e roubo. Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro, Wilke fazia parte de um grupo que incluía policiais e traficantes e que armazenava, transportava e revendia drogas no eixo Rio-São Paulo, em ligação tanto ao Comando Vermelho quanto ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Até onde pudemos apurar, o processo ainda está em tramitação.

Esse mesmo chefe de gabinete de Anderson Moraes já havia sido preso em 2000, acusado de extorquir dinheiro de Fernandinho Beiramar.

Outro funcionário do gabinete do deputado é o o inspetor da polícia civil Rodrigo Correa Lima Furtado, preso em 2000 pelo assassinato da estudante Aline Gonçalves Lima, de 16 anos, e do pastor evangélico Marcelo Salgueiro de Menezes com um tiro de fuzil M-16. Segundo a perícia, Furtado acertou Aline pelas costas, o projétil atravessou a estudante e acertou também o pastor, que trabalhava como vendedor.

O gabinete de Moraes conta ainda com ninguém menos que Rogéria Bolsonaro, a “ex” do “presidente” e mãe do 01, do 02 e do 03.

BBB e “Racismo reverso”

Em abril deste ano o mesmo deputado que odeia estudantes e universidades entrou com queixa crime na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) do Rio contra a participante do Big Brother Lumena por “racismo reverso” (SIC) generalizado contra a “raça branca”. A atriz Carla Diaz, tida como “vítima”, classificou a ideia de que ela teria sofrido racismo como “um absurdo”.

No ano passado o Facebook bloqueou uma série de perfis ligados ao deputado por criação de perfis falsos.

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