Vereador evangélico defende campo de concentração para homossexuais

O vereador pastor Sérgio Nogueira (PSB), defendeu a ideia de confinar os homossexuais em uma ilha por 50 anos. Depois de 50 anos, segundo suas palavras “não vai ter mais ninguém”.

A defesa de tal barbaridade foi feita durante um discurso em 15 de setembro último na Câmara Municipal de Dourados, no Mato Grosso do Sul, em resposta a um convite feito a ele para assistir uma série de palestras contra a homofobia organizadas pela Secretaria Municipal de Assistência Social do município.

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Um Estado Laico em toda a Palestina

Palestina Livre, Laica, Democrática e Soberana!

“Que o diálogo democrático livre
sirva a classe operária
e os povos oprimidos. (…)

O processo para a paz na Palestina
está num impasse.
Os acordos de Oslo falharam
e Israel continua a atacar,
a construir o muro,
a ocupar terras,
a realizar a divisão entre
Gaza e a Cisjordânia.

Gaza é uma prisão a céu aberto,
onde 40% das pessoas
adormecem com fome.

A solução histórica não pode existir
senão a partir de um
Estado laico de toda a Palestina,
no qual toda a população beneficie
de todos os direitos de cidadania.”

Intervenção de convidado palestino no 8º Congresso da IVª Internacional. O Militante Socialista – Tribuna Livre da luta de classes. Ano XV (II Série) nº 101. Portugal. 16 mai 2013.
carmen maria argibay argentina

Argentina pelo Estado Laico

Na Argentina, como no Brasil, há uma forte onde de ataques aos princípios da República e da democracia, visando destruir a separação entre as igrejas e o Estado, impedindo a liberdade de culto e religião e atacando os Direitos Humanos.

Aqui no Brasil, mesmo com nossa Constituição garantindo que o Estado brasileiro seja laico, estão aparecendo várias propostas de eliminar a laicidade nos municípios (veja aqui um exemplo).

A Coalizão Argentina por um Estado Laico (CAEL) está lançando uma campanha em defesa da laicidade nos municípios. Esse é um exemplo a ser seguido.

Leia o comunicado de lançamento da campanha:

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Vereadora Carla Pimentel (PSC)

Vereadora do PSC defende assassinar a laicidade nas escolas de Curitiba

 vereadora Carla Pimentel (PSC) acaba de propor uma lei na cidade de Curitiba que institui a leitura da Bíblia cristã como conteúdo nas escolas públicas e particulares da cidade.

A proposta foi feita na última quarta-feira (28/05) e, segundo a autora, tem cunho “educacional e não religioso” pois, para a a vereadora do PSC, a Bíblia cristã é um livro científico!  “A minha intenção com a lei é que o livro seja usado para a pesquisa, já que é rico em informações científicas, culturais, arqueológicas. Incentivar essa leitura vai contribuir para a formação de cidadãos de bem e, no futuro, construir uma sociedade mais humana e justa”.

Ora, a “ilustre” Carla Pimentel está dizendo que quem não lê a Bíblia cristã ou professa outras religiões não é um cidadão “de bem”? É menos justo?

No mínimo, preocupante.

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Intolerância religiosa às fés de matriz africana

Justiça Federal do Rio declara que não existe intolerância religiosa se o alvo forem religiões de origem africana

Em decisão absurda, o juiz da 17ª Vara Federal (Rio de Janeiro), Eugênio Rosa de Araújo, afirma que cultos afro-brasileiros não constituem religião e, portanto, atacá-los e incentivar o ódio a eles não constitui intolerância religiosa.

O juízo da 17ª Vara Federal do Rio de Janeiro acaba de dar uma demonstração de que sua capacidade de “burlar” a lei não conhece limites. Ao julgar um pedido do Ministério Público Federal para que o Google retirasse do Youtube vídeos que propagandeiam e incentivam a intolerância religiosa contra religiões de origem africana (associando essas religiões à figura do “diabo” e de “demônios”), o juiz Eugênio Rosa de Araújo simplesmente afirma que não há “malferimento de um sistema de fé” ao atacar cultos de origem africana, já que “cultos afro-brasileiros não constituem religião” pois não conteriam “traços necessários de uma religião” Segundo a decisão, esses “traços” seriam um texto base (corão, bíblia etc..), estrutura hierárquica e um Deus a ser venerado.

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O que é sagrado? O sagrado é imune à crítica?

Tim Minchin é um ator, humorista e músico australiano. Em seus bem humorados shows musicais, Tim aborda constantemente temas como religião, pseudociências e fé. Ateu e cético, ele defende que nossa visão do mundo deva ser baseada na realidade, nos fatos.

Neste texto, parte de um show com a Heritage Orchestra no Royal Albert Hall, em Londres, Tim discorre sobre a compreensão do sagrado. O que faz um livro, um objeto ou um homem ser sagrado? São suas características intrínsecas ou é um conceito atribuído unicamente por um grupo de pessoas?

Qual o limite do respeito que deve ser cobrado sobre o “sagrado”? A Bíblia ou o Alcorão devem ser respeitados? E quanto às vacas, ratos, cobras, aranhas, gatos e outros animais sagrados em outras culturas? Se alguém pode ser morto por desenhar o Maomé, então também pode ser morto por comer carne de vaca?

No fim, Minchin dá um exemplo prático disso. O Papa é sagrado para alguns cristãos (há vários papas de várias igrejas e há igrejas que não acreditam na sacralidade do papa). Quando o Papa faz algo reprovável, temos o direito de criticá-lo? Ou  sua sacralidade o torna imune a críticas?

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Intolerância religiosa é crime de ódio e fere a dignidade

O direito de criticar dogmas e encaminhamentos é assegurado como liberdade de expressão, mas atitudes agressivas, ofensas e tratamento diferenciado a alguém em função de crença ou de não ter religião são crimes inafiançáveis e imprescritíveis
 Juliana Steck

Celebração no Rio de Janeiro pede respeito à liberdade religiosa, em 21 de janeiro, com presença de adeptos de diversas tradições de féA intolerância religiosa é um conjunto de ideologias e atitudes ofensivas a crenças e práticas religiosas ou a quem não segue uma religião. É um crime de ódio que fere a liberdade e a dignidade humana.

O agressor costuma usar palavras agressivas ao se referir ao grupo religioso atacado e aos elementos, deuses e hábitos da religião. Há casos em que o agressor desmoraliza símbolos religiosos, destruindo imagens, roupas e objetos ritualísticos. Em situações extremas, a intolerância religiosa pode incluir violência física e se tornar uma perseguição.

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Marco Feliciano ódio à mulher misoginia

Marco Feliciano em defesa do estuprador

A gente sabe que há muita estupidez e ignorância por aí, mas eu sempre acho que  há um mínimo de decência e bom senso, que há sempre um limite pra quão absurdas possam ser as coisas que uma pessoa defende. Parece que estou errado.

No dia 1º de agosto último foi sancionada a lei que define que mulheres vítimas de violência sexual devem ter atendimento prioritário nos hospitais. A lei define que qualquer vítima de violência sexual (seja homem, mulher ou criança) deve ter atendimento imediato com três objetivos claros: curar as lesões físicas e psicológicas, evitar ou minimizar sequelas físicas e psicológicas e facilitar o trabalho policial de identificação do agressor.

Penso eu, na minha ignorância, que qualquer ser humano seria a favor de defender a vida e a saúde de quem já sofreu tão vil violência. Parece-me absolutamente surreal que algum representante eleito possa ser contrário à vítima e defensor do agressor. Ledo engano.

O deputado e pastor Marco Feliciano (PSC), já deu vários exemplos de quão misógino, racista e homofóbico é, mas agora extrapolou qualquer limite: está defendendo o estupro, a prática da violência sexual, está defendendo o estuprador, nega qualquer direito humano ou legal à vítima de estupro. Para ele, uma criança abusada sexualmente não deve ter nenhum direito garantido.

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Contra a PEC 99/11

Contra a PEC 99/11

 

Leia também: Sobre Laicidade, PEC 99/11 e a Democracia Política

A laicidade na França: modelo a se seguir ou risco iminente?

Jacques Lafouge é escritor, advogado, vice-presidente da Federação Nacional do Livre Pensamento (França), membro dirigente da União Internacional Humanista e Ética e membro fundador da Associação Internacional do Livre Pensamento.

Neste texto, de 2012, Lafouge analisa a situação da separação entre o Estado e as igrejas na França na atualidade, começando por fazer um breve histórico da laicidade naquele país.

Leia também: A Comuna de Paris e a laicidade do Estado.

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