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Ritalina, a droga legal que ameaça o futuro
É uma situação comum. A criança dá trabalho, questiona muito, viaja nas suas fantasias, se desliga da realidade. Os pais se incomodam e levam ao médico, um psiquiatra talvez. Ele não hesita: o diagnóstico é déficit de atenção (ou Transtorno de Deficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH) e indica ritalina para a criança.
O medicamento é uma bomba. Da família das anfetaminas, a ritalina, ou metilfenidato, tem o mesmo mecanismo de qualquer estimulante, inclusive a cocaína, aumentando a concentração de dopamina nas sinapses. A criança “sossega”: pára de viajar, de questionar e tem o comportamento zombie like, como a própria medicina define. Ou seja, vira zumbi — um robozinho sem emoções. É um alívio para os pais, claro, e também para os médicos. Por esse motivo a droga tem sido indicada indiscriminadamente nos consultórios da vida. A ponto de o Brasil ser o segundo país que mais consome ritalina no mundo, só perdendo para os EUA.

Má conduta científica é um problema global, afirma pesquisador
Por Elton Alisson
Plágio, falsificação e fabricação de resultados científicos deixaram de ser problemas exclusivos de potências em produção científica, como os Estados Unidos, Japão, China ou o Reino Unido.
A avaliação foi feita por Nicholas Steneck, diretor do programa de Ética e Integridade na Pesquisa da University of Michigan, nos Estados Unidos, em palestra no 3º BRISPE – Brazilian Meeting on Research Integrity, Science and Publication Ethics, realizado nos dias 14 e 15 de agosto, na sede da FAPESP.
Segundo Steneck, por ter atingido escala global, é preciso que universidades, instituições de pesquisa e agências de fomento em todo o mundo realizem ações coordenadas para lidar com essas questões, a fim de não colocar em risco a integridade da ciência como um todo.

Ex-membro da inteligência militar de Israel defende estuprar as mulheres palestinas
Em entrevista ao programa de rádio Hakol Diburim da Radio Israel Bet, o Dr. Mordechai Kedar defendeu que estuprar as mulheres palestinas seria uma medida efetiva para amedrontar os combatentes desse povo. Mesmo quando o entrevistador Yossi Hadar respondeu que tal proposta “pega mal”, Kedar respondeu dizendo que “é a cultura” e “estamos no Oriente Médio”. E insistiu: “Eu estou falando da realidade: a única coisa que vai deter um atacante suicida – se ele souber que, se puxar o gatilho, sua irmã será estuprada”.
Kedar serviu 25 anos na inteligência militar de Israel, se especializando nos grupos islâmicos. Atualmente é investigador do Centro Begin-Sadat para Estudos Estratégicos da Universidad de Bar-Ilan. Essa é a mesma universidade onde estudava Yigal Amir, o militante de extrema-direita que assassinou Isaac Rabin (o motivo: ele negociou com os Palestinos, enquanto deveria simplesmente exterminá-los).
Além disso, Kedar é diretor do “Israel Academia Monitor”, um centro “neo-macartista” que policia os acadêmicos das universidades israelenses caçando qualquer acadêmico que não siga obedientemente as diretrizes do governo de Israel.
Justiça para as vítimas das igrejas!
O texto a seguir foi publicado pela Fédération Nationale de la Libre Pensée (FNLP – Federação Nacional do Livre Pensamento), da França.
A FNLP é parte integrante da Associação Internacional do Livre Pensamento (AILP) e este texto se coloca como parte da campanha decidida pela AILP em seu congresso de fundação, em Oslo, “para revelar e denunciar os crimes cometidos pelos sacerdotes”. É parte, também, da construção do IV Congresso da AILP, que se realizará no dia 11 de agosto no Conway Hall, em Londres (saiba mais).
Os brasileiros também são vítimas das igrejas. Vários casos de pedofilia por padres tem sido registrados por aqui e a lei do silêncio também impera.
Os Livres Pensadores brasileiros, desde já, declaram seu apoio a esta campanha e à construção do IV Congresso da AILP.
Deputado do PP paulista propõe lei para impedir o apocalipse
Enquanto o Estadão e vários “proeminentes” membros do conservadorismo liberal brasileiro andam por aí defendendo que o Estado tem que gastar menos com educação e deve privatizar a USP, o mundo real vem escancarar onde é que, de fato, é mal gasto o dinheiro do contribuinte brasileiro. O deputado “missionário” José Olímpio, do Partido Progressista de São Paulo apresentou no último dia 26/05 um projeto de lei (PL 7561/2014) que proíbe “o implante em seres humanos de identificação em forma de chips e outros dispositivos eletrônicos”.
Até aí, OK. Eu também não sou favorável a que alguém comece a rastrear os meus passos. A bizarrice começa é na justificativa do projeto.
Vereadora do PSC defende assassinar a laicidade nas escolas de Curitiba
A vereadora Carla Pimentel (PSC) acaba de propor uma lei na cidade de Curitiba que institui a leitura da Bíblia cristã como conteúdo nas escolas públicas e particulares da cidade.
A proposta foi feita na última quarta-feira (28/05) e, segundo a autora, tem cunho “educacional e não religioso” pois, para a a vereadora do PSC, a Bíblia cristã é um livro científico! “A minha intenção com a lei é que o livro seja usado para a pesquisa, já que é rico em informações científicas, culturais, arqueológicas. Incentivar essa leitura vai contribuir para a formação de cidadãos de bem e, no futuro, construir uma sociedade mais humana e justa”.
Ora, a “ilustre” Carla Pimentel está dizendo que quem não lê a Bíblia cristã ou professa outras religiões não é um cidadão “de bem”? É menos justo?
No mínimo, preocupante.
Deputados evangélicos e a defesa da tortura de crianças
Durante a discussão de lei que proíbe o tratamento cruel e degradante a crianças, o deputado da bancada evangélica Pastor Eurico (PSB-PE) ofendeu uma das debatedoras, a apresentadora Xuxa Meneguel, em uma tentativa de tumultuar a sessão e impedir a votação da matéria.
Ontem foi aprovada na Câmara dos Deputados o PL 7672/10, proposto pela presidente Dilma Rousseff, que altera o Estatuto da Criança e do Adolescente, dando à criança o direito de ser educada sem tratamento cruel ou degradante. Em outras palavras: explicita que o espancamento e tortura física e psicológica a crianças é proibido.
Pode parecer até óbvio, mas a “lógica” de certas pessoas ultrapassa qualquer limite. Não é a primeira vez que deputados da bancada evangélica saem em defesa de agressores e estupradores de crianças, mas, desta vez, eles prometem “impedir a aprovação dessa lei”.
Justiça Federal do Rio declara que não existe intolerância religiosa se o alvo forem religiões de origem africana
Em decisão absurda, o juiz da 17ª Vara Federal (Rio de Janeiro), Eugênio Rosa de Araújo, afirma que cultos afro-brasileiros não constituem religião e, portanto, atacá-los e incentivar o ódio a eles não constitui intolerância religiosa.
O juízo da 17ª Vara Federal do Rio de Janeiro acaba de dar uma demonstração de que sua capacidade de “burlar” a lei não conhece limites. Ao julgar um pedido do Ministério Público Federal para que o Google retirasse do Youtube vídeos que propagandeiam e incentivam a intolerância religiosa contra religiões de origem africana (associando essas religiões à figura do “diabo” e de “demônios”), o juiz Eugênio Rosa de Araújo simplesmente afirma que não há “malferimento de um sistema de fé” ao atacar cultos de origem africana, já que “cultos afro-brasileiros não constituem religião” pois não conteriam “traços necessários de uma religião” Segundo a decisão, esses “traços” seriam um texto base (corão, bíblia etc..), estrutura hierárquica e um Deus a ser venerado.
O Julgamento do Macaco

O professor John Scopes
As tentativas de impor o obscurantismo através da força sempre permeou o poder, em especial quando a distinção entre Estado e Religião não estão claras. O exemplo mais conhecido disso foi a Idade Medieval, quando Igreja e Estado eram umbilicalmente ligados e a Inquisição se encarregava de torturar e assassinar qualquer um que ousasse discordar dos dogmas estabelecidos.
Essa história todo mundo já ouviu falar, mas ela não acabou por aí. Vários países ainda qualificam a discordância religiosa como crime. Grande parte da Europa tem leis contra a blasfêmia, embora a opinião pública da maioria dos países geralmente consiga impedir sua ação.
Recentemente, um funcionário público da Indonésia foi condenado a cumprir 2,5 anos na cadeia por ter escrito a frase “Deus não Existe” no Facebook (embora líderes religiosos defendessem a decapitação). No mesmo país, cinco adolescentes foram presas por dançar. O Instituto Pew Research Center constatou em 2010 que 5,2 bilhões de pessoas (75% da população do mundo) vivem em locais em que há restrições de crença.
No Brasil não é diferente, com professores obrigando alunos a rezarem e os constantes ataques promovidos pela Bancada Evangélica e os conservadores de plantão (como a PEC 99/11, que iguala o status das igrejas grandes a organizações da Sociedade Civil, como sindicatos e partidos).
Mas o que dizer quando a ciência é classificada como crime?